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DÉBORA A MÃE DE ISRAEL
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BREVE EM NOSSA IGREJA
JUNHO
14ª ANIVERSÁRIO DA IGREJA
AGOSTO
13ª ANIVERSÁRIO DA MOCIDADE
CONHECEMOS POR PARTE
“Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá… Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho, mas então veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido” (1Coríntios 13.9-10, 12 – NVI)
Houve um tempo em que eu achava que conhecia muito bem as doutrinas bíblicas. Gostava de debater com as pessoas sobre os temas mais diversos. Eu queria mostrar a todos o quanto eu sabia e o quão bem eu conseguia articular as minhas idéias teológicas. Lembro-me dos intermináveis debates sobre a doutrina da predestinação, o calvinismo, o arminianismo, a liberdade do homem, a doutrina da justificação pela fé e outros tópicos.
Sei que alguns desses temas podem parecer estranhos para a maioria das pessoas, mas eles eram importantes para mim. A minha fé parecia se apoiar em maior ou menor grau na minha habilidade e capacidade de explicar para mim mesmo e para os outros os mistérios da vida com Deus. Se a pessoa pensava como eu, eu a considerava convertida; se ela pensava diferentemente de mim, eu a considerava perdida.
Lembro-me da primeira vez em que fui à Igreja Batista da Lagoinha. Fiquei horrorizado! As pessoas batiam palmas, davam brados de aleluia e até mesmo mexiam o corpo enquanto cantavam. Aos meus olhos, faltava-lhes reverência à Deus. Para mim, aquelas pessoas estavam perdidas e precisavam de alguém que lhes ensinasse a genuína fé evangélica.
O tempo passou e Deus mesmo, em uma única experiência, quebrou muito daquela minha tola arrogância. Enquanto eu partia para as minhas Cruzadas contra os “incrédulos”, tive a minha experiência do “caminho de Damasco” e caí do meu “cavalo teológico”. De repente, percebi que aquilo que eu conhecia não era o tudo que eu deveria conhecer. Havia na igreja de Jesus muitas pessoas que eram diferentes de mim, pensavam de um modo diferente do meu, mas que amavam profundamente o Senhor. Elas não se preocupavam, como eu, em articular cuidadosamente as idéias a fim de sistematizar as suas teologias. Por outro lado, elas conheciam algumas realidades do caráter e da Palavra de Deus que, até então, me eram desconhecidos.
Pela primeira vez, reconheci que o meu conhecimento de Deus e das coisas de Deus era um conhecimento parcial. As palavras que Paulo escreveu tornaram mais claras para mim: “Agora conheço em parte”. Se Paulo – que foi tão profundamente íntimo do Senhor, foi usado poderosamente por Deus, escreveu tantos livros da Escritura e realizou milagres maravilhosos – afirmou que conhecia apenas em parte, como eu poderia afirmar que eu, Gustavo, conhecia o todo? Como eu poderia julgar e condenar os meus irmãos que amavam a Jesus, mas que não articulavam as doutrinas bíblicas da mesma forma que eu?
Se por um lado, as Escrituras apresentam-nos revelações que são claras, elas também nos mostram mistérios que são insondáveis. Não há como, por exemplo, entender a Trindade, um claro ensinamento das Escrituras. Como explicar racionalmente que Deus é, ao mesmo tempo, um único ser e também três pessoas eternas? Como Deus pode ser um e três, ao mesmo tempo? Entretanto, ainda que a nossa mente não consiga compreender, a Bíblia nos mostra que Deus é ao mesmo tempo um Ser e três pessoas eternas. Lucidamente, ao falar sobre o mistério da Trindade, um teólogo disse: “Trindade: tente explicá-la e perderá a cabeça; tente negá-la e perderá a alma”.
Diante dos desafios da teologia, aprendi a dizer: “eu não sei”. Ao invés de me posicionar para debater e discutir com os meus irmãos sobre termos e palavras, conceitos e teologias, tenho tentado ficar em silêncio. Quero aprender com os meus irmãos. Desejo ouvir aquilo que o Espírito Santo lhes tem ensinado enquanto, como eu, eles vivem e andam como peregrinos nesse mundo. Sei que a verdade existe e que a Palavra de Deus é a verdade; mas sei também que eu, sozinho, não sou o detentor de toda a verdade. Assim como os meus irmãos, conheço apenas em parte.
Pr. GUSTAVO BESSA